Vergonha alagoana
A máfia no STJ
A notícia é estarrecedora e atinge em cheio, mais uma vez, a honra e a dignidade do povo alagoano, já tão exposto à vergonha nacional por seus políticos e agentes públicos. Agora o Conselho Nacional de Justiça bloqueou R$ 3,5 bilhões em precatórios por identificar indícios de negociatas envolvendo hospitais e operadoras de planos de saúde e escritórios de advocacia de filhos de dois ministros do STJ. Um deles é Eduardo Martins, filho do ministro alagoano Humberto Martins. Segundo um ministro da Corte a coisa é tão escabrosa que é “digna da Ndrangheta”, máfia originária da Calábria, Itália, considerada a mais perigosa.
Querem derrubar Lula
Fazendo o jogo de parlamentares da direita, está se engendrando uma trama que tem como principais operadores os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, e do Senado, Davi Alcolumbre, a bancada evangélica e partidos de direita, mais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Encontros com importantes empresários e reuniões nas residências oficiais têm sido frequentes, onde a pauta é “acuar o governo e ir pra o tudo ou nada”. Lula já foi avisado de detalhes da trama.
PT contra PT
A escolha dos novos dirigentes petistas em Alagoas tem duas chapas disputando em pé de igualdade. Os nomes do deputado estadual Ronaldo Medeiros e da líder sindical Dafne Orion terão que significar uma girada de chave profunda nos métodos e nas práticas abomináveis da gestão que entrega o partido, mergulhado em denúncias de desvios de conduta, nepotismo e má gestão do dinheiro do Fundo Partidário. Se não mudar, vai acabar.
Fernando Gomes
Como parte das comemorações dos seus 105 anos, a Academia Alagoana de Letras realizou nas dependências da Casa Jorge de Lima uma brilhante conferência com o tema “Arthur Ramos, interprete cultural da Africanidade” – proferida pelo brilhante professor e acadêmico Fernando Gomes. Intelectuais e a sociedade participaram do evento.
Sai pra lá
No Palácio do Planalto as figuras nocivas de Hugo Mota e Davi Alcolumbre estão situadas como as duas mais detestáveis do entorno de Lula. Pisando com todo cuidado para não tropeçar, presidente e vice Geraldo Alckmin já acordaram que em nenhum momento até o final do governo os dois se afastarão juntos, seja qual for o motivo. Confiança zero na dupla.
Melhor o desastre
Os políticos em geral preferem o desastre à prevenção, fato escancarado largamente na administração pública brasileira. Obras de contenção, barragens e proteção de encostas carecem de planejamento, processos licitatórios para suas contratações e a “margem de lucro” é menor. A preferência é sempre por contratações emergenciais, pós desastres, de preferência com desabamentos, desabrigados e melhor ainda se houver mortes. Dentro da irresponsabilidade onipresente não cabe bom senso, tampouco interesse público.
Sem Lula
De um confidente do entorno do presidente para a coluna: “Com a beligerância entre o deputado Arthur Lira e o senador Renan Calheiros (que está com a faca nos dentes) Lula vai riscar Alagoas de seu mapa político nas eleições de 2026, principalmente se tiver dois palanques (Renan Filho e JHC). Toda vez que se fala nas brigas alagoanas o chefe entroncha a cara.”
Sinuca de bico
A demora do prefeito JHC em tomar a decisão do seu destino político não tem outra justificativa a não ser fazer a escolha certa diante de um cenário nada confortável que se apresenta. Com o protagonismo do ministro Renan Filho em todas as pesquisas para o governo e um leque de candidaturas de peso para o Senado (Renan Calheiros, Arthur Lira, Alfredo Gaspar e Davi Davino), Caldas, ainda carente de votos no interior, teme uma derrota, o que significaria uma tragédia em sua trajetória política. Por isso mesmo poderá ser levado a “composições indigestas”, mas necessárias.
Marx Beltrão com os ricos
O deputado alagoano Marx Beltrão condenou qualquer ação do Governo Lula para levar ao Judiciário a questão do IOF, abraçada pela Câmara e que põe por terra a cobrança de mais impostos para os mais ricos, sacrificando as classes mais baixas. Marx fala que “isso é ruim para a relação entre os poderes”, mas esquece da importância da proteção para a população menos assistida e se alia aos ricos e aos que “mamam” nas tetas do governo e que financiam campanhas e os bolsos de políticos que não estão nem aí para o interesse público. Uma triste pisada de bola.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA